Guia de SEO para E-commerce

SEO para e-commerce: guia prático para estruturar a operação de SEO da sua loja virtual

Neste guia você aprenderá estratégias de SEO que melhorarão a visibilidade orgânica da sua loja e proporcionarão resultados sustentáveis....

SEO para e-commerce é uma estratégia imprescindível para qualquer loja virtual que deseja se manter competitiva, aumentar sua visibilidade e atrair mais clientes. 

Com o aumento dos custos de mídia paga e o volume crescente de conteúdo na internet, destacar seu e-commerce nos resultados de busca orgânica tem se tornado cada vez mais desafiador e necessário.

Segundo um estudo da WordStream, nos EUA, o CPC médio aumentou em média 10% em comparação a 2023, enquanto o custo por lead aumentou em 25%. Aqui no Brasil o cenário segue o mesmo caminho.

Neste post ajudaremos você a enfrentar esse desafio de frente, oferecendo um guia prático de como estruturar a operação de SEO da sua loja virtual de maneira consciente, respeitando o momento do seu negócio.

Pontos chave do conteúdo

  • SEO para e-commerce é essencial para lojas virtuais se destacarem em meio ao aumento dos custos de mídia paga.
  • Busca orgânica vai além do Google: embora o Google seja dominante, outras plataformas como YouTube, Instagram e TikTok também são importantes.
  • Princípios para SEO sustentável:
    • Alinhamento de expectativas entre áreas (tecnologia, cadastro, marketing, gestão).
    • Foco no negócio e na jornada do cliente, não apenas no “last click”.
    • Planejamento estratégico alinhado com as metas do negócio e pontos de conversão.
  • SEO Técnico é a organização da informação técnica: garante que os motores de busca rastreiem e indexem o site corretamente. Inclui auditoria técnica, organização da navegação e do código, e atenção à performance (Core Web Vitals).
  • SEO On Page organiza a informação: otimização de conteúdo dentro de cada página (Home, PLPs, PDPs, Blogs) com títulos, descrições, imagens, dados estruturados e linkagem interna.
  • Linkagem interna e externa (Off Page): a linkagem interna melhora a navegação e o posicionamento. SEO Off Page visa construir autoridade e reputação por meio de estratégias como guest posts, parcerias e digital PR.
  • Google Merchant Center (Shopping): listar produtos gratuitamente no Google Shopping aumenta a visibilidade.
  • Métricas para SEO: Medir visibilidade (impressões, cliques, CTR, posição média) e tráfego/conversão (sessões orgânicas, conversões, análise de funil) para otimizar as estratégias.
  • Ferramentas: existem várias ferramentas úteis para auditoria técnica, pesquisa de palavras-chave, SEO On Page, criação de conteúdo e análise de resultados.

O que é SEO para e-commerce?

SEO para e-commerce é a prática de otimizar uma loja virtual para mecanismos de busca, com o objetivo de melhorar sua visibilidade nos resultados orgânicos.

Isso envolve uma série de técnicas e estratégias, desde a otimização de conteúdo até a melhoria da estrutura do site e a construção de backlinks, visando atrair tráfego qualificado e consequentemente conversão em vendas.

Diferente de outros canais de marketing digital, o SEO (tráfego orgânico) oferece benefícios de longo prazo, como um fluxo contínuo de visitantes sem necessariamente aumentar o esforço/investimento envolvido, além de maior credibilidade junto ao público.

É sobre entender como os seus clientes procuram pelos seus produtos e organizar a informação da sua loja para que ela seja encontrada por eles.

Qual a importância da busca orgânica para as lojas virtuais?

A busca orgânica é fundamental por várias razões. 

Primeiramente, as compras passam por buscas, sejam elas no Google, no Youtube ou em outras plataformas.

Segundo a pesquisa E-commerce Trends, os consumidores têm uma infinidade de plataformas e ferramentas para pesquisar informações sobre produtos, mas o Google (58%) continua sendo a

primeira parada na jornada de compra. Logo depois, muitos preferem acessar sites/aplicativos das lojas, redes sociais, etc. Abaixo, trouxemos um gráfico da própria pesquisa que ilustra um pouco desse comportamento.

por onde voce comeca a pesquisar pelo produto que quer de busca por geracao

Devido a esse comportamento, o trabalho de SEO vem cada vez mais sendo focado em expandir a visibilidade orgânica do que unicamente posicionar páginas no Google. 

Apesar de o Google ainda ser o principal buscador, fica claro que o usuário utiliza outras fontes para buscar informações sobre os produtos e essas fontes também geram informações para o Google. 

Portanto, cada vez mais falaremos de organização e integração da informação com foco em aumento de visibilidade, ou seja, uma mesma informação pode ser distribuída de formas diferentes dependendo do canal.

Busca orgânica não se restringe somente ao Google

Antigamente, quando pensávamos em busca orgânica, o Google era praticamente a única opção. 

Hoje, o cenário caminha para uma fragmentação do comportamento de busca.

Embora o Google continue sendo o gigante (aproximadamente 78% de market share no mundo, segundo o Statista), outros comportamentos de busca vêm ganhando espaço, como a busca por informações no Youtube, Instagram, TikTok e nas LLMs.

dados da pesquisa GWI 2024 sobre como gerações usam diferentes mecanismos de busca

Apesar de termos essa visão geral que aponta para um comportamento fragmentado, dependendo do nicho da sua loja, o comportamento de busca tende a mudar.

Entretanto, é importante ter em mente que uma boa estratégia de SEO deve gerar informação que tenha demanda pelo ICP da loja e que possa ser distribuída em diferentes canais, afim de maximizar a visibilidade da marca.

Princípios para uma operação de SEO para e-commerce sustentável

Apesar de ser um canal que atinge seu potencial máximo no longo prazo, ele pode gerar diferentes impactos dependendo do momento do seu negócio.

Ter uma operação de SEO é importantíssimo para qualquer e-commerce. Mas talvez, mais importante que isso, seja ter muito claro qual será o papel dessa operação a curto e a longo prazo.

Este é um canal que dependendo do momento do negócio pode trazer mais ou menos impacto em curto prazo.

Tudo dependerá do volume de informação que a loja possui indexada.

Resultados de curto e longo prazo: Onde a loja está e onde pretende chegar?

Como falamos, SEO é importante para qualquer loja virtual. Porém, é imprescindível que você tenha claro na mente o real papel deste canal na sua estrutura de orçamento e geração de receita.

Se os seus custos de mídia estão crescendo ano após ano e o custo de aquisição de clientes segue o mesmo padrão, não espere isso ficar insuportável para começar a estruturar a sua operação de SEO.

Quanto maior a necessidade de resultado de curto prazo, maior será o investimento em todas as esferas. Ainda assim, o comportamento da busca orgânica não é o mesmo da busca paga, onde o retorno volta rapidamente.

De acordo com um estudo da First Page Siege, uma operação de SEO em um e-commerce gera um ROAs de 3,65 em 3 anos. Entretanto, é possível obter números mais expressivos dependendo do seu ticket médio e da sua presença de marca, por exemplo.

Por isso, é importante entender o momento da sua loja.

Se está começando a sua loja, invista uma pequena parcela do seu investimento de marketing em SEO, pense em como ela estará daqui a 12 meses pelo menos e concentre boa parte do seu investimento nos canais de curto prazo (Ads). Possivelmente, após 12 meses, você poderá aumentar um pouco mais o investimento em SEO e diminuir a dependência em canais de curto prazo.

1 – Planejamento estratégico de SEO 

Para desenvolver um planejamento de SEO eficaz, é essencial começar com um alinhamento claro de expectativas entre todas as áreas envolvidas no e-commerce, como tecnologia, cadastro, marketing e gestão, por exemplo.

Esse alinhamento garante que todos compreendam a importância do canal orgânico e suas respectivas responsabilidades no processo, estabelecendo uma boa dinâmica para colaboração e andamento da operação de SEO.

Foque no negócio

Um caminho comum que vemos em vários e-commerces é focar na atribuição de último clique e criar metas por canal. Apesar de isso funcionar em vários casos, essa abordagem faz com que, por exemplo, não seja aproveitado o potencial de integração da busca orgânica com os demais canais, gerando mais possibilidades de receita para a loja.

Se a sua loja tem uma alta dependência de canais de curto prazo, pense em como os outros canais podem ajudar na melhoria de performance de curto prazo e como outros canais podem reduzir essa dependência no longo prazo.

Veja esse cenário hipotético abaixo:

  • Você tem uma loja com alta de dependência de Ads
  • Os usuários da sua loja utilizam muitos cupons de desconto na compra
    • É mais rentável fazer campanhas de Ads para cupom e rentabilizar o usuário com e-mail, whatsapp, etc?
    • Como as redes sociais e a busca orgânica podem ajudar nesse processo? Tem alguma forma de incentivar a captação de usuários pelos cupons?

       

Veja que a ideia aqui girou em aumentar a demanda pelo cupom, que possivelmente é o ponto de conversão que mais gera receita.

Isso exige uma mudança de pensamento, onde deixamos de olhar o last click e passamos a olhar a jornada, tendo como principal objetivo ajudar o usuário no processo de compra.

Com isso em mente, temos várias formas de estruturar um planejamento de SEO, afinal o canal interage com o usuário em todas as etapas da jornada de compra. 

Dito isso, de acordo com o momento do negócio, a estratégia de SEO acompanhará.

Como estruturar o seu planejamento de SEO?

Como falamos, a estrutura do planejamento deve ser alinhada com o momento do negócio de maneira que colabore tanto com o curto prazo quanto com o longo prazo (vale lembrar que a busca orgânica tende a ser mais rentável no longo prazo sob o ponto de vista de last click).

Com isso em mente, uma boa forma de estruturar o planejamento de SEO é ter em mente:

  • Qual é a meta do negócio nos próximos 12 meses?
  • Quais são os pontos de conversão que mais ajudam?
  • Quais são os canais que mais geram cada uma dessas conversões?
  • Quais são as páginas que mais geram cada uma das conversões?
  • Como a informação dessas páginas está organizada?
  • Como a parte técnica do e-commerce está organizada?
  • Como podemos aumentar o volume de conversões diretas (ex: compra)?
  • Como podemos aumentar o volume de conversões indiretas (ex: cadastro via cupons)?

     

Desta forma, é possível ter um panorama da importância das conversões, canais e páginas para que com isso seja possível pensar nas formas como a busca orgânica pode impulsionar esses resultados.

Basta inserir tudo em uma planilha que naturalmente será possível ter uma ideia  do que trará impacto em um espaço de tempo menor e o que trará impacto em um espaço de tempo maior

Com esse desenho bem definido, sua operação de SEO terá uma direção clara, alinhada com o seu momento de negócio, contribuindo para o crescimento contínuo e sustentável do seu e-commerce.

Com o arquivo pronto, quais páginas devo priorizar?

Após o levantamento inicial da auditoria, pesquisa de palavras chave e análise comercial, é importante que sejam definidas as páginas foco do plano de ação.

Existem algumas lógicas que podem ser seguidas nessa etapa, como por exemplo:

  • Priorizar produtos e categorias promocionais com estoque alto
  • Priorizar produtos e categorias de curva A
  • Priorizar produtos e categorias que a loja possui exclusividade
  • Priorizar produtos e categorias de curva que possuem palavras posicionadas entre as posições 4 e 20
  • Etc…

     

A definição das principais páginas a serem trabalhadas tem papel fundamental na definição das estratégias e táticas que serão utilizadas ao longo dos meses.

2 – SEO Técnico: organização da informação técnica da sua loja 

Quando falamos em SEO técnico para e-commerce, estamos nos referindo à espinha dorsal da sua loja virtual. 

É a parte que garante que os motores de busca consigam rastrear, indexar e entender o conteúdo do seu site da melhor forma possível.

Em poucas palavras, o intuito aqui é organizar a informação técnica da loja de maneira que ela fique mais amigável para os buscadores.

Abaixo listamos algumas atividades chave nesta etapa.

Auditoria técnica de SEO: dependendo do tamanho da loja, pode ser o primeiro passo para organizar a informação

Através de uma auditoria técnica de SEO é possível identificar e posteriormente corrigir problemas que possam estar afetando o desempenho orgânico da loja, como por exemplo:

  • Problemas de rastreamento de páginas: os bots estão rastreando as páginas corretamente?
  • Problemas de indexação: os mecanismos de busca estão indexando as páginas corretamente?
  • Problemas de profundidade de navegação: a arquitetura da loja proporciona uma navegação amigável?
  • Problemas de performance: as páginas do site são rápidas? Proporcionam uma boa experiência?
  • Outros exemplos de problemas que podem ser tratados em uma auditoria: problemas de conteúdo duplicado, canonical tags, dados estruturados aplicados incorretamente, etc.

     

As auditorias podem ser executadas com auxílio de ferramentas, como SE Ranking, Screaming Frog, Sitebulb, entre outras ou a partir de uma lista de itens (checklist) a serem verificados,

Geralmente, esse processo gera um volume altíssimo de dados que podem ser trabalhados em sua estratégia de SEO. 

Organização da navegação: facilite o rastreamento e a indexação da sua loja

A organização da navegação é essencial. 

Pense na estrutura do seu site como um mapa. Se o mapa for confuso, tanto os usuários quanto os robôs dos mecanismos de busca se perderão. 

Uma navegação clara e intuitiva ajuda os visitantes a encontrar o que procuram e, ao mesmo tempo, facilita o trabalho dos robôs do Google ao rastrear e indexar suas páginas.

Pontos para pensar:

  • Use categorias e subcategorias bem definidas
  • Crie URLs amigáveis e descritivas
  • Implemente breadcrumbs para facilitar a navegação

     

Organização do código: organize a informação de maneira semântica

Um código bem organizado garante que tudo está no seu devido lugar. 

Fique atento aos seguintes pontos:

  • Ordem das tags na <head>
  • Meta tags
  • Meta viewport
  • Tags Open Graph 
  • Twitter Cards
  • Estrutura de Headings hierárquica 
  • Dados estruturados
  • Código em conformidade com os padrões W3C

Performance e Core Web Vitals

A performance do seu site é um fator crítico para o usuário e pode ter impacto significativo em SEO, caso afete a usabilidade do site.

O Google leva em consideração a velocidade do site e principalmente a experiência do usuário ao classificar as páginas. 

As Core Web Vitals são um conjunto de métricas específicas usadas pelo Google para avaliar a experiência do usuário em uma página web.

Elas são divididas em:

  • Largest Contentful Paint (LCP): Mede a velocidade de carregamento, especificamente o tempo que leva para o maior elemento visível da página ser carregado. Um bom LCP é de 2,5 segundos ou menos.
  • Cumulative Layout Shift (CLS): Avalia a estabilidade visual da página, medindo o quanto os elementos na página se movem durante o carregamento. Um bom CLS é uma pontuação de 0,1 ou menos.
  • Interaction to Next Paint (INP): Mede a interatividade, avaliando o tempo de resposta da página à interação do usuário, como cliques, toques ou teclas pressionadas. Um bom INP é de 200 milissegundos ou menos.

     

Essas métricas são fundamentais para garantir uma boa experiência do usuário e são consideradas importantes para o ranking nos resultados de pesquisa do Google. Porém, de nada adianta ter uma página extremamente veloz se ela não entrega o melhor conteúdo possível para o usuário. Por isso, priorize as Core Web Vitals principalmente em páginas importantes, como categorias e produtos de curva A.

3 – SEO On Page: organização da informação dentro da sua loja 

SEO On Page é sobre como organizamos a informação dentro de cada página do nosso e-commerce. 

É aqui que realmente mostramos ao Google, outros buscadores e aos nossos clientes do que se trata cada página. 

Antes de mais nada, precisamos entender quais tipos de páginas temos em nossa loja virtual. As mais comuns são:

  • Home: A página incial da loja
  • PLPs (Product Listing Pages): As páginas de listagem de produtos, como departamentos, categorias e subcategorias
  • PDPs (Product Detail Pages): As páginas de detalhes de cada produto específico, 
  • Páginas Institucionais: “Sobre Nós”, “Contato”, etc
  • Páginas de Blog: Artigos, tutoriais, etc

     

A partir daí, é necessário entender como cada tipo de página influencia na conversão que será o foco do plano de ação.

Independente disso, abaixo listaremos as melhores práticas de otimização para cada um desses tipos de página.

Boas práticas para a Home e páginas institucionais

O comportamento padrão de quem acessa a home e páginas institucionais de um e-commerce é voltado para buscas relacionadas à marca, ou seja, de pessoas que querem mais informações da marca em si.

Dito isso, analise a SERP para termos relacionados ao nome da marca e garanta que os resultados são todos positivos. 

Lembre-se o consumidor que busca pelo nome da marca, muitas vezes está buscando mais informações sobre ela.

Caso encontre páginas que falem sobre a marca mas que não são do seu domínio, como Reclame Aqui por exemplo, trabalhe o seu perfil dentro da plataforma ou crie páginas semelhantes no seu domínio para competir com elas.

Além desse papel branded, por ser a principal página do ponto de vista de autoridade (é a primeira página a ser rastreada), ela deve ter links internos para as principais páginas do site. 

Do ponto de vista de um plano de ação, talvez faça sentido utilizar a home como um polo de linkagem interna para algumas páginas trabalhadas no plano de ação.

Boas práticas para Páginas de Departamento, Categoria o Subcategoria (páginas de lista – PLP)

Essas páginas ajudam os usuários a navegar e encontrar produtos específicos dentro de uma determinada classificação.

As páginas de departamento geralmente representam uma divisão ampla de produtos, como “Eletrônicos” ou “Roupas”. As páginas de categoria são mais específicas do que as de departamento, agrupando produtos dentro de uma classificação particular, como “Smartphones” dentro do departamento de “Eletrônicos”. Já as páginas de subcategoria oferecem ainda mais especificidade, como “Capas para iPhone” dentro da categoria “Acessórios para Smartphones”.

Por serem páginas que podem ser amplas ou mais específicas, geralmente são trabalhadas palavras transacionais e informativas ao longo dessas páginas.

Utilize o próprio Google para saber se uma página de lista é o melhor resultado para uma determinada busca. Para isso, basta inserir a palavra chave que deseja trabalhar na busca. Se a página melhor posicionada for uma PLP, parabéns, a sua PLP possivelmente poderá concorrer com ela.

Práticas recomendadas para PLPs

  • Títulos e descrições otimizadas: use títulos e descrições ricas em palavras-chave relevantes para melhorar a visibilidade nos motores de busca
  • Navegação clara: certifique-se de que as páginas de categoria e subcategoria são facilmente acessíveis a partir do menu principal.
  • Filtragem e classificação: ofereça opções de filtragem e classificação para ajudar os usuários a encontrar produtos específicos dentro das categorias (atenção especial para as canonicals nesse caso).
  • Conteúdo útil: adicione descrições de categorias e subcategorias que forneçam contexto e ajudem os usuários a entenderem os produtos listados.
  • HTML bem estruturado: certfique-se que a página está com dados estruturados (ItemList e Product, por exemplo, corretamente implementados) e se o HTML está seguindo as melhores práticas W3C.

Boas práticas para Páginas de Descrição de Produtos (PDPs)

Essas páginas são fundamentais para converter visitantes em compradores, fornecendo todas as informações necessárias para que o usuário tome uma decisão de compra informada. São páginas importantíssimas para a conversão em vendas a decisão de compra.

Práticas recomendadas para PDPs

  • Títulos e descrições otimizadas: utilize títulos ricos em palavras-chave e descrições detalhadas que não apenas informam, mas também ajudam no ranqueamento nos motores de busca
  • Imagens de alta qualidade: inclua várias imagens de alta resolução que mostram o produto de diferentes ângulos. Use zoom e imagens de contexto para ajudar os clientes a visualizar o uso do produto
  • Vídeos e demonstrações: sempre que possível, adicione vídeos que demonstrem o uso do produto ou destaquem suas características e benefícios
  • Avaliações e comentários de clientes: Integre avaliações e comentários de clientes diretamente na PDP. Isso não só melhora a confiança, mas também pode fornecer conteúdo valioso gerado pelo usuário
  • Dados estruturados: Utilize dados estruturados (schema markup) para produtos, preços, disponibilidade e avaliações para melhorar a visibilidade nos resultados de busca e a aparência dos rich snippets
  • Cross selling e Up selling: Sugira produtos relacionados ou complementares diretamente na PDP para aumentar o ticket médio do pedido
  • FAQs e suporte ao cliente: Inclua uma seção de perguntas frequentes e informações de suporte ao cliente para resolver dúvidas comuns e melhorar a experiência do usuário

Boas práticas para Páginas Informativas (Blogs)

O conteúdo informativo não só ajuda na construção de autoridade da marca, como também pode ajudar PDPs e PLPs a ranquear melhor por conta de linkagem interna.

Além disso, o conteúdo informativo ajuda o usuário na tomada de decisão independente da fase da jornada de compra que eles esteja.

Vale a pena ter um blog no meu e-commerce?

Um blog pode atrair tráfego orgânico e ajudar a educar seus clientes. 

O conteúdo informativo pode estabelecer sua marca como uma autoridade no nicho e melhorar o engajamento dos usuários.

Use o blog para guiar os usuários ao longo do funil de vendas, desde a descoberta até a compra. Inclua links para produtos e categorias relevantes em seus artigos e ofereça conteúdo que responda às perguntas dos usuários (uma boa fonte para essas perguntas pode ser o snippet “pessoas também perguntam” para as palavras chave que pretende atuar).

3 – Linkagem interna: Organização das referências internas para suas páginas

A linkagem interna ajuda o usuário e o robô na navegação e também na interpretação do que a página fala sobre. Afinal de contas, o texto âncora utilizado no link é como se fosse uma etiqueta informando sobre o página referenciada fala sobre.

Estabelecer uma lógica de links internos para a sua loja melhora a navegação o posicionamento de páginas relacionadas. 

Para estabelecer a sua estrutura, pense:

  • Quais PLPs se relacionam com outras PLPs
  • Quais posts de blog se relacionam com outros posts de blog
  • Quais posts de blog se relacionam com PLPs
  • Quais posts de blog se relacionam com PDPs
  • Quais PLPs se relacionam com posts de blog
  • Quais PDPs se relacionam com posts de blog

A partir deste entendimento é possível desenvolver uma rede de linkagem interna que ajudará demais no ganho de posicionamento de diversas páginas da sua loja.

Sempre que houver oportunidades em textos âncoras que fazem sentido, insira o link.

4 – SEO Off Page: Organização das referências externas para suas páginas

SEO off page refere-se a todas as estratégias de otimização que acontecem fora do seu site e que tem o objetivo de melhorar de melhorar sua reputação / autoridade e consequentemente impactar no posicionamento de palavras chave.

Para um e-commerce, o SEO off page é importante para a construção de autoridade / credibilidade mas traz também um grande desafio, que é o de gerar links para páginas transacionais, o que pode caracterizar como um link promocional.

Por isso é importante envolver outros times da empresa no processo, pois talvez seja necessário construir um ativo linkável e dentro desse ativo ter links para as páginas alvo. 

O ativo pode ser um conteúdo informativo de utilidade pública, uma pesquisa, um grande relatório de mercado. Por isso é importante envolver outras áreas da empresa.

Caso não possua recursos para alocar em uma estratégia mais robusta, opte por buscar links em menções à marca ou com fornecedores da loja.

Link Building deve estar em qualquer plano de ação de SEO para e-commerce?

Apesar de importantíssimo, como falamos acima, para uma estratégia mais robusta é necessário ter gente envolvida no processo, caso contrário dificilmente as expectativas de resultados serão atingidas.

Contudo, existem algumas práticas que podem ser executadas com equipe mais enxuta. 

Exemplos de ações de link building que podem ser executadas:

  • Guestposts: guestpost é uma estratégia de SEO offpage onde você escreve artigos para outros blogs ou sites relevantes no seu nicho. Apesar de a documentação do Google “falar mal” da prática, ela fala principalmente de SPAM. Dessa forma, se o conteúdo for relevante e útil para o usuário, você não será enquadrado em SPAM. Vale deixar claro que essa não pode ser a sua única fonte de links e nem tampouco ser executada em escala (caracterizando comportamento de spam)
  • Parcerias: parcerias estratégicas são colaborações com outras empresas ou influenciadores que podem ajudar a promover seu e-commerce, gerar backlinks e aumentar a visibilidade da sua marca sem necessariamente ser associada a produção de conteúdo como no guestpost. Dependendo do tipo de parceria, a dificuldade de execução fica maior e a necessidade de ter mais pessoas envolvidas no processo aumenta
  • Digital PR: Digital PR envolve o uso de táticas de relações públicas online para aumentar a presença da sua marca, construindo backlinks de qualidade em maior volume e melhorar sua reputação. Essas táticas envolvem criação de estudos, conteúdos noticiosos, relacionamento com imprensa, etc. Geralmente uma campanha de Digital PR exige pessoas envolvidas no processo de construção do ativo, não necessariamente pessoas envolvidas na operação de SEO

No fim do dia, o que irá definir se ações off page farão parte do seu plano ou não são os recursos disponíveis, o nicho que será trabalhado e a concorrência envolvida. 

5 – Google Merchant Center / Google Shopping (listas gratuitas)

O Google Shopping voltou a ser gratuito desde 2020.

Aproveitar essa possibilidade de listar seus produtos gratuitamente pode aumentar a visibilidade das PDPs nos resultados de busca e também na aba “shopping”. 

Para trabalhar bem os produtos, é imprescindível tem o máximo de dados cobertos do schema Product, além de informações úteis e avaliações.

6 – Métricas para SEO: Como mensurar os resultados da sua operação de SEO

Medir os resultados das estratégias de SEO é fundamental para entender o impacto das ações, identificar áreas de melhoria, identificar áreas de escala  e justificar o investimento em SEO. 

Para um e-commerce, a mensuração adequada não só ajuda a otimizar como também a alinhar tudo com os objetivos macro da loja. Abaixo, exploramos como medir a visibilidade e o tráfego a conversão em um e-commerce (maneira como dividimos nossa mensuração).

Visibilidade

Visibilidade refere-se ao comportamento do site nos buscadores antes do usuário acessar o site. Entender o que faz com que o usuário clique nos resultados orgânicos e entender o que pode estar afetando a sua visibilidade são preocupações que devem ser respondidas nestes relatórios.

Métricas, KPIs e análises relacionados com visibilidade:

  • Impressões: indicam a frequência com que seu site é exibido nos resultados de busca, proporcionando uma medida inicial de visibilidade. Uma alta contagem de impressões pode significar que suas páginas estão aparecendo, mas de nada adianta ter um alto volume de impressões com um baixo volume de cliques.
  • Cliques: indicam que os usuários estão encontrando seu conteúdo relevante e estão interessados em visitar seu site. Esta métrica ajuda a medir a eficácia dos títulos, meta descrições e dados estruturados exibidos na SERP.
  • CTR: um CTR alto indica que seus títulos e descrições são atraentes para os usuários e sua relação entre cliques e impressões está boa, dando indícios que a página em questão está otimizada.
  • Posição média: indica a média de posicionamento de uma palavra ou página durante um determinado espaço de tempo. Ela é importante para indicar se as ações executadas estão “empurrando” a página ou uma determinada palavra chave para posições mais próximas de 1.
  • Páginas indexadas: um número adequado de páginas indexadas garante que a maioria do conteúdo relevante do seu site esteja disponível para aparecer nos resultados de busca. Problemas de indexação podem indicar que questões técnicas, estruturais  ou de qualidade do conteúdo precisam ser ajustadas para que o site seja mais visível nas buscas.
  • Estatísticas de rastreamento: ajudam a identificar problemas técnicos que podem impedir que os bots acessem seu site corretamente, consequentemente afetando a indexação e o ranqueamento.
  • Como o site é apresentado na SERP: é importante analisar se o site está aparecendo com snippets, imagens, dados estruturados, etc. Todos esses itens tendem a afetar o CTR e a visibilidade como um todo.
  • Comparação mês a mês (MoM) e ano a ano(YoY): com os dados em mãos, é importante compará-los com o mesmo período do ano anterior, assim como com o período e com o mês anterior. Essas comparações tendem a dar insights ou sinalizar que tudo está acontecendo conforme o planejado.
  • Entre outros…

Tráfego e conversão

É aqui que analisamos o comportamento dos usuários após acessarem o seu site. Os usuários são qualificados? O que eles estão fazendo? Estão convertendo? Essas são só algumas perguntas que devem ser respondidas nestes relatórios.

Métricas, KPIs e análises relacionados com tráfego e conversão

  • Sessões orgânicas: indica o número de sessões a partir de resultados de busca não pagos (orgânicos). Essa métrica é importante para avaliar a eficácia das suas estratégias de SEO.
  • Share em relação aos demais canais: indica a % de sessões ou conversões (depende do dado que estiver analisando) geradas a partir do tráfego orgânico em relação aos demais canais. Através do Google Analytics 4 é possível ter essa visão em um determinado espaço de tempo
  • Conversões (macro, micro e nano): indica a quantidade de eventos finalizados de acordo com o que configurou (ex: preenchimentos de um determinado formulário, plays em vídeo, visualizações em uma determinada página, etc). É importante ter em mente qual será a conversão macro e quais serão as micro e nano conversões.
  • Análise de páginas de destino: indica a página de destino que o usuário acessou na chegada ao site. Pelo GA4, as conversões ficam associadas a ela mas não necessariamente significa que o usuário comprou ou preencheu o formulário da página em questão. Isso deixa claro a importância do funil, pois dessa forma será possível entender quais páginas atraem usuários.
  • Sessões engajadas: indica o número de sessões que os usuários permaneceram no site por pelo menos 10s.
  • Análise de Funil (baseado nos eventos criados): através do GA4 é possível criar visualizações de funis baseados em eventos. Com isso, a partir da definição das conversões, é possível configurar funis e avaliar informações diversas que trarão insights para a sua estratégia.
  • Análise de segmentos (sessões/usuários que convertem VS sessões/usuários que não convertem): Através do Google Analytics é possível criar segmentos e realizar análises a partir deles. Comparar usuário que realizam determinada conversão com usuários que não realizam pode trazer insights valiosíssimos.
  • Comparações com o mês anterior: é importante analisar o comportamento do usuário como um todo assim como as sessões. Por mais que exista a sazonalidade, se uma determinada métrica tem uma alteração brusca, isso pode ser um indicativo de que algo aconteceu.
  • Entre outros…

7 – Ferramentas que podem ajudar a sua operação de SEO

Auditoria Técnica

  • SE Ranking
  • Screaming Frog
  • Sitebulb
  • SEMrush

Pesquisa de palavras chave e tópicos

  • Niara
  • Google Keyword Planner
  • Ubbersuggest
  • Ahrefs
  • SEMrush

SEO On Page

  • SE Ranking
  • SEMrush
  • Ahrefs
  • Niara

Criação de conteúdo

  • Niara
  • Frase io
  • Chat GPT
  • Claude

Análise de resultados

  • Google Search Console
  • Google Analytics 4
  • Looker Studio
  • SEOcrawl

Veja alguns exemplos de cases de SEO para E-commerce

Quer exemplos e números reais de empresas de diferentes nichos e desafios que melhoraram suas vendas, acessos e performance orgânica com estratégias de SEO para E-Commerce e com a ajuda da Bridge SEO? Veja os cases abaixo:

Conclusão

Manter a sustentabilidade de uma operação de e-commerce é um desafio constante. No cenário em que vivemos, de mídia paga cada vez mais cara, é essencial diversificar os canais de aquisição.

Nesse sentido, SEO pode ser uma ótima alternativa, pois gera um resultado sustentável. 

Porém, como vimos neste guia, é necessário ter tudo muito bem alinhado para que as coisas aconteçam.

Se você deseja melhorar ou iniciar a operação de SEO do seu e-commerce, não deixe de entrar em contato conosco. Será um prazer ajudá-los a estruturar o canal orgânico da sua loja.

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Victor

Victor Baptista é CEO da Bridge SEO, consultoria brasileira especializada em SEO. Possui mais de 15 anos de dedicação ao mercado digital e mais de 8 dedicados especificamente a SEO. Quando não está envolvido com SEO, está com a família, consumindo conteúdo de esporte, bebendo café ou estudando alguma coisa nova.

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